Por unanimidade, STF torna réus seis acusados de organizar tentativa de golpe contra Lula
STF torna réus mais seis suspeitos de tentativa de golpe de Estado; entre eles estão ex-integrantes do governo Bolsonaro. Denúncia inclui acusações de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático e depredação de patrimônio público.
STF torna réus seis novos acusados de golpe de Estado
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus mais seis pessoas acusadas de participar de uma tentativa de golpe de Estado.
O julgamento se concentrou no “núcleo 2” da suposta organização criminosa, que inclui ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro. Ao todo, agora são 13 réus na ação penal.
As acusações incluem:
- tentativa de golpe de Estado;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- organização criminosa;
- depretação de patrimônio público;
- dano qualificado.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que há “indícios suficientes” para a ação penal. Os seis réus incluem:
- Silvinei Vasques (ex-diretor da PRF);
- Mário Fernandes (general da reserva);
- Filipe Martins (ex-assessor presidencial);
- Marcelo Câmara (ex-assessor presidencial);
- Marília Alencar (ex-diretora do Ministério da Justiça);
- Fernando Oliveira (ex-diretor do Ministério da Justiça).
Moraes ressaltou que todos os fatos foram descritos de forma satisfatória e que as defesas terão oportunidade de se manifestar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) argumenta que o grupo gerenciou ações que sustentaram a permanência de Bolsonaro no poder, incluindo bloqueios realizados pela PRF no dia do segundo turno das eleições de 2022.
Controvérsias surgem sobre as ações dos réus:
- Vasques, Alencar e Oliveira são acusados de coordenar ações policiais;
- Documentos comprometendo Mário Fernandes foram encontrados;
- Martins é citado por apresentar um projeto de decreto exceptional.
As defesas negam as acusações e alegam que não houve ilegalidade nas ações dos réus.
No mês passado, o STF já havia tornado réus oito membros do primeiro núcleo da organização, incluindo Jair Bolsonaro.