Por unanimidade, STF torna 10 militares réus por tentativa de golpe
Supremo Tribunal Federal aceita denúncia da PGR contra militares por tentativa de golpe em 2022. Acusados devem responder a crimes relacionados à formação de uma organização criminosa para manter Jair Bolsonaro no poder.
Decisão da 1ª Turma do STF:
No dia 20 de maio de 2025, a 1ª Turma do STF decidiu, por unanimidade, receber a denúncia da PGR contra 9 militares e 1 agente da PF por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Voto do relator:
O ministro Alexandre de Moraes não aceitou a denúncia contra 2 militares, alegando falta de provas.
Início da ação penal:
Os réus são acusados de formar uma organização criminosa com o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Suspeitas e evidências:
- Os acusados teriam monitorado autoridades e planejado ações coercitivas.
- Alvos incluíam os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e o então presidente do Senado Rodrigo Pacheco.
- Houve tentativas de pressionar o alto comando do Exército a apoiar o golpe.
- Menções a uma “Carta ao Comandante” teriam sido vazadas a um apresentador da Jovem Pan.
Comunicações comprometedoras:
Mensagens encontradas mostram:
- Intensificação da narrativa de fraude eleitoral.
- Planos para monitorar e neutralizar autoridades públicas.
- Comando das Forças Especiais para influenciar a adesão ao golpe.
- Um agente da PF admitiu estar preparado para ações extremas, incluindo ameaças de morte.
Justificativas de defesa:
Alguns acusados alegaram que não participaram diretamente na elaboração da carta, mas o relator argumentou que a divisão de tarefas não diminui sua responsabilidade.
Considerações finais:
O ministro Flávio Dino reforçou que a origem de uma ação não exclui sua gravidade. A Turma concordou que a tentativa de golpe, independentemente de seu sucesso, constitui crime.
Votação do caso:
O voto de Moraes formou a maioria, e outros ministros, como Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, também acompanharam a decisão.