Por que Venezuela volta a enfrentar 'tempestade perfeita' na economia
A economia venezuelana enfrenta novos desafios com previsão de hiperinflação e queda nas exportações. Especialistas destacam a instabilidade política e o impacto das sanções internacionais como fatores agravantes da crise.
Economia da Venezuela enfrenta novos desafios
A economia da Venezuela apresenta sinais de alerta após três anos de crescimento, com indicações de hiperinflação, escassez de divisas e queda na produção petrolífera.
Um relatório da Universidade Católica Andrés Bello prevê inflação superior a 200% e uma retração econômica de 2,05% até 2025.
O economista José Manuel Puente aponta que a situação política e a eleição presidencial de 2024 contribuem negativamente para a economia. Ele menciona um "resultado eleitoral" duvidoso pela falta de respaldo internacional e uma reforma constitucional que gera medo nos investidores.
No início de abril, o presidente Nicolás Maduro declarou "emergência econômica", atribuindo-a às sanções internacionais e à "guerra tarifária" de Donald Trump.
Cenário atual:
- Saída de Petroleiras: Alívio temporário de sanções permitiu a reinício das operações por petroleiras como a Chemron, mas revogações de licenças por Trump impactam negativamente a economia.
- Desvalorização do Bolívar: A moeda venezuelana perdeu 24,6% de valor no primeiro trimestre, indicando instabilidade cambial e um cenário de inflação crescente.
- Sanções Secundárias: Novas tarifas impostas a países que compram petróleo venezuelano agravam a situação econômica, levando a possíveis perdas de clientes significativos.
- Queda no Preço do Petróleo: O preço do petróleo Brent diminuiu 20% em uma semana, impactando severamente as receitas do país.
A economia da Venezuela está em um ciclo de crise que pode persistir, exigindo estabilidade política e um programa de estabilização para recuperação. Sem mudanças políticas, as perspectivas permanecem sombrias.