Por que um poderoso terremoto na Rússia gerou tsunamis no Japão, Havaí e Califórnia?
Terremoto de magnitude 8,8 na Rússia provoca tsunamis e registra alta intensidade nas comunidades costeiras. Cientistas alertam para o potencial de danos graves em Petropavlovsk-Kamchatsky e reavaliação da magnitude nos próximos dias.
Terremoto de magnitude 8,8 atinge a costa leste da Rússia em 29 de outubro, próximo à Península de Kamchatka.
O forte tremor gerou tsunamis que inundaram comunidades na Rússia e no Japão, com ondas de até 3 metros. O estado de alerta é elevado considerando a possibilidade de danos graves em Petropavlovsk-Kamchatsky, a única grande cidade da região.
Classificado entre os seis terremotos mais poderosos já registrados, sua magnitude foi revisada inicialmente de 8,0 para 8,8. Cientistas indicam que revisões de magnitude são comuns em grandes tremores.
O evento é considerado o mais forte desde 2011, quando um terremoto de magnitude 9,1 causou devastação no Japão.
A profundidade rasa de 20 km contribui para o potencial destrutivo. Segundo especialistas, a intensidade do tremor em Petropavlovsk-Kamchatsky foi estimada em 8 em 12 na Escala de Intensidade Mercalli.
As áreas afetadas estão situadas em zonas de subducção, onde a placa do Pacífico desliza sob a placa da América do Norte, tornando Kamchatka um ponto propenso a grandes terremotos.
O tsunami se desloca pelo Oceano Pacífico em alta velocidade, agora a caminho do Havaí e da costa dos EUA.
Antes do grande tremor, houve pré-choques, incluindo um terremoto de magnitude 7,4 em julho, que levantou questões sobre prevenção e alertas para futuros desastres.