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Por que títulos do Tesouro dos EUA são cruciais para economia global (e como sua queda fez Trump pausar tarifas)

Trump muda discurso sobre guerra comercial após queda nos títulos do Tesouro dos EUA. A trégua de 90 dias surge em meio a crescentes preocupações com o impacto econômico das tarifas impostas.

Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou uma trégua de 90 dias na guerra comercial em 9 de outubro, mas sua postura mudou drasticamente ao longo do dia.

Pela manhã, ele usou as redes sociais para tranquilizar seus seguidores e afirmou que era um ótimo momento para comprar, enquanto à tarde expressou preocupação com a reação do mercado.

Analistas acreditam que a mudança de Trump ocorreu devido ao enfraquecimento dos títulos do Tesouro dos EUA, com o economista Mohammed El Erian destacando que “foi o mercado de títulos que o fez mudar de ideia”.

Após o anúncio da tarifa geral de 10% sobre vários países, as bolsas despencaram, levando o S&P500 a cair 3,46%, e o Nasdaq Composite 4,31%.

Os títulos do Tesouro, instrumentos de dívida do governo dos EUA, são fundamentais para o financiamento público e considerados investimentos de baixo risco.

Recentemente, a taxa de juros dos títulos com vencimento em dez anos saltou de 3,9% para 4,5%, gerando desconfiança no mercado.

Essa situação pode impactar cidadãos comuns, uma vez que o aumento no custo da dívida resultará em mais impostos ou menos investimento público.

A crise também pode dificultar o acesso ao crédito, com bancos aumentando taxas para projetos imobiliários e afetando fundos de pensão que possuem investimento em dívida pública.

Adicionalmente, a China, que possui cerca de US$ 759 bilhões em títulos da dívida americana, pode reagir de forma negativa à postura de Trump, elevando ainda mais as taxas de juros e onerosidade dívida.

Em um cenário de incerteza crescente, especialistas alertam que a volatilidade no mercado de títulos pode causar consequências diretas para a já fragilizada economia dos EUA e seus cidadãos.

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