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Por que real vive dia de 'gangorra' em relação ao dólar em meio a vai e vem de tarifas

Alta volatilidade do real em relação ao dólar é impulsionada pela guerra comercial entre EUA e China. Expectativas de recessão e mudanças nos fluxos de capital aumentam a incerteza no mercado cambial.

Flutuação do real em relação ao dólar: O dólar à vista alcançou R$ 6,09, mas caiu para menos de R$ 5,90, evidenciando a volatilidade cambial em meio à guerra comercial entre EUA e China.

Na terça-feira (8/4), o real foi uma das moedas que mais perdeu valor, superado apenas pelo dinar líbio e peso colombiano. As oscilações começaram em 2/4, com o anúncio de tarifas de 10% por Trump, que afetou diretamente países com déficits comerciais elevados, incluindo a China.

China respondeu com tarifas de 34% sobre produtos americanos, enquanto Trump elevou as tarifas para 104%. Apesar disso, suspendeu a taxa para outros países por 90 dias, fazendo o dólar perder força.

Divisas fortes, como o franco suíço, iene e euro, estão se valorizando em relação ao dólar. O economista Alex Agostini explica que, devido à percepção de risco, investidores tentam minimizar perdas, migrando para mercados mais seguros.

O Brasil enfrenta riscos adicionais, como problemas estruturais e alta dependência da economia chinesa. Isso torna o real vulnerável a eventos globais de aversão ao risco.

A previsão para o câmbio é incerta. Agostini projeta R$ 5,80 até 2025, enquanto Sobral, da Neo Investimentos, mantém a estimativa de R$ 5,90 para o fim do ano. A situação é volátil, podendo mudar rapidamente com possíveis acordos ou novas crises.

Conclusão: O cenário econômico atual é complexo e imprevisível, com impactos diretos sobre a desvalorização do real e incertezas sobre o futuro da relação comercial entre EUA e China.

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