Por que precisamos falar dos pais neste Dia das Mães?

Crítica à divisão de responsabilidades parentais: Muitos pais são vistos como participativos, mas a maior parte dos cuidados e planejamento fica nas mãos das mães, especialmente na primeira infância.

A licença-maternidade permite que as mães conheçam melhor as necessidades dos bebês, enquanto os pais têm apenas 5 dias de licença.

Estudos mostram que aumentar a licença-paternidade traz benefícios, como:

• Diminuição da depressão pós-parto e prescrições para ansiedade (redução de até 26%).
• Menor risco de interrupção do aleitamento materno.

Atualmente, as mães dedicam em média 31,5 horas semanais aos cuidados familiares, enquanto os pais apenas 10,8 horas.

Pais que se envolvem mais desde o início tendem a ser mais ativos na educação dos filhos, garantindo benefícios de saúde mental e melhor comportamento infantil.

Empresas com licença-paternidade estendida também são agraciadas, com um aumento de 70% no engajamento dos funcionários e melhorias significativas de desempenho.

Custos da licença-paternidade para o governo são de R$ 3,4 bilhões, mas os potenciais ganhos para o país superam isso, podendo resultar em até R$ 382 bilhões (3,3% do PIB atual).

Uma pesquisa de 2024 revelou que 92% da população apoia a ampliação da licença-paternidade através de dois projetos de lei propostos.

A extensão da licença pode beneficiar trabalhadores com carteira assinada, e é o primeiro passo para universalizar esse direito, semelhante à licença-maternidade.

Claudia Goldin, Nobel de Economia, destaca que mais tempo com o pai diminui a “penalidade da maternidade” e seus efeitos negativos sobre as mulheres.

Neste Dia das Mães, é crucial buscar mudanças e focar em garantir a extensão da licença-paternidade, promovendo o bem-estar de todas as crianças. É um movimento que favorece a família, a sociedade e a economia.