Por que Portugal está expulsando quase 34 mil imigrantes — incluindo 5 mil brasileiros?
Portugal inicia expulsão de quase 34 mil imigrantes com pedidos de residência rejeitados, incluindo mais de cinco mil brasileiros. O governo intensifica o controle migratório após mudanças nas políticas de imigração que refletem o aumento da chegada de estrangeiros ao país.
Portugal expulsa 33.983 imigrantes que tiveram pedidos de residência rejeitados, dos quais 5.368 são brasileiros.
A medida foi anunciada em 2 de junho e faz parte da força-tarefa do governo de Luís Montenegro para revisar os pedidos. Até agora, quase 500 mil pedidos foram feitos à Agência para Integração, Migrações e Asilo (Aima).
O número de rejeições quase dobrou: de 18 mil em maio para 34 mil agora. Notificações estão sendo emitidas a cerca de 2 mil estrangeiros por dia, que têm 20 dias para deixar o país.
Brasil lidera pedidos de residência, com 73 mil solicitantes. Aproximadamente 68 mil pedidos foram aprovados, resultando em uma taxa de rejeição de 7,3% para brasileiros.
Por outro lado, Índia tem a maior taxa de rejeição: 46,6% dos pedidos foram negados.
Em junho de 2024, o governo havia encerrado o sistema de "manifestação de interesse", e agora exige que os imigrantes tenham um contrato de trabalho para residir no país.
Essa mudança é parte da política do Partido Social Democrata, que visou maior controle na imigração após críticas ao governo anterior.
Portugal enfrenta um crescimento populacional significativo de imigrantes, com 1,5 milhão de estrangeiros atualmente, gerando tensões culturais e resistência à imigração.
A população brasileira em Portugal cresceu 85% entre 2020 e 2023, totalizando mais de 513 mil brasileiros, tornando Portugal o segundo país com a maior comunidade brasileira no mundo, após os EUA.
Os fatores que atraem brasileiros incluem clima, segurança, e facilidade burocrática, com demanda variando de empregos em construção civil a setores especializados em tecnologia e medicina.