Por que oposição ao flúor na água está aumentando, apesar de redução em cáries

Fluoretação da água: Debate global crescente

A fluoretação da água tem sido uma prática adotada por diversos países, sendo obrigatória no Brasil desde 1974. Cientistas constatam que essa prática reduz as taxas de cáries dentárias em até 65% após 10 anos de uso.

No entanto, a resistência ao flúor cresce, especialmente nos Estados Unidos. Um relatório recente listou o flúor como um fator na crise de saúde infantil, levando a influenciadores a chamarem a fluoretação de um "ataque às crianças de baixa renda".

Utah foi o primeiro estado a proibir o flúor na água potável, seguido pela Flórida, que também sancionou uma lei contra certos aditivos, incluindo o flúor.

Cientistas defendem que a fluoretação é uma conquista da saúde pública, mas as pesquisas indicam que seus benefícios podem ter diminuído com a popularidade do flúor em pastas de dente.

Evidências científicas mostram que a fluoretação continua a ser eficaz, principalmente entre populações carentes. A exposição constante ao flúor na água é considerada superior ao uso tópico.

Alguns países optam por não fluoretar a água devido a preocupações com a saúde, níveis naturais adequados de flúor ou barreiras técnicas. Na Europa, apenas Irlanda, partes do Reino Unido e España mantêm programas de fluoretação.

Na Tailândia, leite fluoretado é amplamente distribuído, reduzindo a prevalência de cáries. Outras alternativas incluem a adição de flúor ao sal em alguns países.

No Japão, a água não é fluoretada, mas existem programas de bochechos com flúor em escolas. Pesquisadores sugerem uma revisão dessa política em face dos resultados preocupantes sobre cáries entre crianças.

O debate sobre a fluoretação, suas benefícios e riscos continua, com preocupações emergentes sobre desigualdades em saúde. Decisões futuras sobre o flúor na água poderão impactar as comunidades mais vulneráveis.