Por que o boom do agronegócio deve sustentar alta do PIB brasileiro
A agropecuária brasileira deve registrar um crescimento expressivo no primeiro trimestre de 2024, contribuindo para um aumento geral do PIB. O clima favorável e a produção recorde de grãos, especialmente soja e milho, impulsionam as expectativas positivas para a economia.
Na última sexta-feira, 30, o IBGE irá divulgar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. A expectativa é que a agropecuária apresente um crescimento superior a 10%.
Esse desempenho expressivo da agropecuária deverá influenciar positivamente a economia brasileira entre janeiro e março. A mediana das previsões é de um avanço de 1,5% no PIB em relação aos três meses anteriores.
A agropecuária representa cerca de 6% a 7% do PIB, mas sua força se reflete nas indústrias e serviços que se beneficiam do setor. Em 2023, o PIB mais robusto no agro favoreceu outros setores, e isso deve se repetir em 2025.
O Itaú projeta um crescimento de 10,9% do agronegócio em relação ao mesmo período do ano passado e de 12,8% em comparação com o quarto trimestre.
Um levantamento do Cepea e da CNA aponta que, em 2024, a cadeia do agronegócio representou 23,2% do PIB, totalizando R$ 2,72 trilhões.
O clima favorável resultará em uma safra recorde de grãos no Brasil, com previsão de 328,4 milhões de toneladas, um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior. A soja deve alcançar 164,2 milhões de toneladas e o milho, 128,2 milhões de toneladas.
A dinâmica do agronegócio tem impacto claro nas regiões do Brasil, especialmente no Centro-Oeste, que deve acelerar seu PIB em 2025.
Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal responderão por 50,4% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas.
A força do agro também dinamiza outros setores, como a educação e o mercado imobiliário.