Por que mentir é a melhor estratégia de Lula contra Trump?
Donald Trump utiliza exageros em acordos internacionais como tática de marketing pessoal, desconsiderando a concretização das promessas feitas. Essa abordagem gera uma série de compromissos que, na prática, não se materializam ou representam apenas números inflacionados para gerar manchetes.
Donald Trump: padrão de anúncios exagerados e hipérboles em acordos comerciais.
Trump não busca acordos reais; ele negocia manchetes.
Exemplos de promessas não cumpridas:
- 2017: Anúncio de US$ 450 bilhões em acordos com a Arábia Saudita; apenas US$ 92 bilhões em exportações reais na área de defesa.
- Fábrica da Foxconn em Wisconsin prometia US$ 10 bilhões e 13 mil empregos; revisado para US$ 672 milhões e 1.454 vagas.
- Promessa de Jack Ma para 1 milhão de empregos; nunca se concretizou.
Trump frequentemente faz anúncios grandiosos, mas muitos acordos não têm validade jurídica e não saem do papel.
Recentes exageros:
- US$ 5,1 trilhões em investimentos da Arábia Saudita, Catar e Emirados – uma cifra irreal.
- US$ 10 trilhões em acordos de investimento – equivale a 1/3 do PIB dos EUA.
- Acordo com o Japão anuncia US$ 550 bilhões; investidor japonês fala em US$ 5 a 11 bilhões reais.
A União Europeia também admite que não pode garantir investimentos prometidos, pois vêm de empresas privadas.
Trump usa anúncios hiperbólicos como marketing pessoal. A imagem de sucesso supera a eficácia. Governos devem entender isso e estabelecer sua própria estratégia de comunicação para negociar com a Casa Branca.
Em resumo: Trump busca encenação e pós-verdade na política.
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