Por que maioria dos economistas diz que tarifas não funcionam — e o que argumenta quem as defende
Especialistas alertam que tarifas de importação, bandeira do governo Trump, podem agravar a inflação e o desemprego nos Estados Unidos. Economia global se beneficia do livre comércio, com maiores opções e preços mais baixos para os consumidores.
Tarifas de importação são amplamente consideradas prejudiciais por economistas.
Apesar das promessas de Donald Trump de que as tarifas gerarão "resultados históricos" para os EUA, especialistas afirmam que o principal impacto será negativo, afetando consumidores e empresas americanas.
Definição de tarifas: São impostos sobre produtos importados, cobrados pelos importadores na alfândega. Por exemplo, uma empresa que importa madeira no valor de US$ 100 pagará US$ 110 com uma tarifa de 10%.
Historicamente, as tarifas foram usadas como medida protecionista para favorecer a indústria local, mas a lógica atual é outra.
Críticas às tarifas hoje:
- Economistas, como Erika York, afirmam que tarifas causam mais danos que benefícios.
- Elas aumentam os preços e reduzem a oferta de bens, afetando a renda e o emprego.
- Jerome Powell, do Federal Reserve, alerta para riscos de mais desemprego e inflação.
O foco excessivo na balança comercial é criticado. Por exemplo, um déficit pode refletir fluxo de produtos, mas não a saúde econômica geral.
Impactos negativos do protecionismo:
- Após tarifas, os preços tendem a subir, impactando mais os de baixa renda.
- Tarifas criam ineficiências e não protegem adequadamente setores vulneráveis.
Lições históricas:
- Adam Smith defendia o livre comércio como caminho para prosperidade desde 1776.
- A experiência da Lei de Embargo de 1807 e a crise da década de 1930 mostram os danos potenciais das tarifas.
- A era da globalização e a criação do GATT em 1948 estabeleceram um sistema comercial mais aberto.
Estudos recentes mostram que as tarifas impostas durante a presidência de Trump prejudicaram consumidores americanos, reforçando o consenso de que tarifas não são o caminho para o crescimento econômico.