HOME FEEDBACK

Por que maior oposição a papa Francisco dentro da Igreja Católica vinha dos EUA

Conflitos ideológicos marcam o papado de Francisco, evidenciando a oposição de setores conservadores da Igreja nos Estados Unidos. A trajetória do pontífice, que buscou uma abordagem inclusiva e social, gerou tensões e críticas, refletindo uma polarização crescente entre católicos americanos.

Papa Francisco enfrentou tensões na Igreja Católica Americana desde sua eleição em 2013, sendo alvo de oposição de setores conservadores, particularmente nos EUA.

David Gibson, da Universidade Fordham, destaca a forte resistência a Francisco, que veio de bispos, padres e leigos de organizações conservadoras. O papa reconheceu: "Nos EUA, as coisas não são fáceis."

Após sua morte em 21 de abril, o artigo de opinião da revista First Things criticou seu pontificado, descrevendo-o como "inadequado" e "autocrático".

Na sua gestão, várias figuras conservadoras perderam poder dentro da Igreja, enquanto Francisco promovia *uma abordagem focada na pobreza* e *em assumir posições progressistas* sobre homossexualidade.

Sobre capitalismo e imigração: O papa criticou as práticas econômicas modernas, chamando "o dinheiro de esterco do diabo". Em contrapartida, acolheu imigrantes, opôs-se a Trump e defendeu os vulneráveis.

Principais pontos de tensão:

  • Cristãos conservadores nos EUA colocaram política acima da fé.
  • Criticalo focada na *"agenda homossexual"* e escândalos de abuso.
  • Defensores de postura tradicional consideraram Francisco um "cismático".

Gibson enfatiza que Francisco promoveu a inclusão, mas foi menos tolerante com a elite dirigente da Igreja.

A demissão de figuras polêmicas como Joseph Strickland reflete suas tentativas de assegurar um direcionamento progressista. No entanto, ele também manteve posições conservadoras, especialmente sobre o aborto.

A dura crítica de conservadores e as tensões internas remetem a uma Igreja dividida entre tradição e modernidade, sob a liderança de um papa que busca inovar na doutrina.

Leia mais em bbc