HOME FEEDBACK

Por que maior expansão de Israel na Cisjordânia em décadas pode inviabilizar Estado Palestino

Decisão marca a maior expansão de assentamentos judeus na Cisjordânia em décadas, gerando forte reação internacional. A legalização das novas áreas é vista como um obstáculo aos esforços pela paz e à criação de um Estado palestino.

Israel aprova 22 novos assentamentos judeus na Cisjordânia, a maior expansão em décadas, segundo ministros israelenses.

Os assentamentos, que vão desde postos avançados legalizados a novos, são considerados amplamente ilegais pelo direito internacional, embora Israel conteste essa visão.

O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que a medida “impede” o estabelecimento de um Estado palestino. A presidência palestina reagiu, classificando a iniciativa como uma "escalada perigosa".

A organização Peace Now descreveu a ação como a mais abrangente em 30 anos, alertando para a transformação da Cisjordânia e a consolidação da ocupação.

Desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel construiu cerca de 160 assentamentos abrigando aproximadamente 700 mil judeus. Estima-se que 3,3 milhões de palestinos vivam na região.

A expansão de assentamentos cresceu desde que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu voltou ao poder, em uma coalizão de direita. A decisão foi confirmada por Katz e Bezalel Smotrich no dia 29 de maio.

  • Os novos assentamentos serão distribuídos pela Cisjordânia.
  • Nove deles são completamente novos, incluindo Mount Ebal e Beit Horon Norte.
  • Nofei Prat será reconhecido como assentamento independente.

Katz descreveu a decisão como um “movimento estratégico”, enquanto Smotrich considerou-a como uma “decisão única em uma geração”.

A Autoridade Palestina condenou a medida e acusou Israel de arrastar a região para um “ciclo de violência”. O governo britânico e a Jordânia também criticaram a ação.

Desde 2022, o atual governo já aprovou 49 novos assentamentos. Em 2022, a Corte Internacional de Justiça afirmou que a presença israelense na região é ilegal.

O panorama atual dificulta a implementação da solução de dois Estados, proposta pela comunidade internacional, e coincide com uma cúpula franco-saudita na ONU para o próximo mês.

Leia mais em bbc