Por que maior expansão de Israel na Cisjordânia em décadas pode inviabilizar Estado palestino
Nova decisão do governo israelense marca a maior expansão de assentamentos na Cisjordânia em décadas, solidificando a ocupação na região. A medida é amplamente criticada por palestinos e pela comunidade internacional, que a vêem como um obstáculo à paz.
Ministros de Israel aprovam 22 novos assentamentos judeus na Cisjordânia, representando a maior expansão em décadas. Esses assentamentos, alguns já existentes como postos avançados, agora serão legalizados de acordo com a lei israelense.
Os ministros Israel Katz e Bezalel Smotrich afirmaram que a medida "impede o estabelecimento de um Estado palestino" e é uma "resposta sionista". A presidência palestina classificou a ação como uma "escalada perigosa".
A organização *Peace Now* chamou a ação de "a mais abrangente em mais de 30 anos". Desde a ocupação da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, Israel construiu cerca de 160 assentamentos, abrigando aproximadamente 700 mil judeus.
Os novos assentamentos se espalharão pela Cisjordânia. Katz e Smotrich destacaram a "renovação do assentamento" em Homesh e Sa-Nur, evacuados em 2005.
- Nove dos assentamentos são completamente novos.
- Incluem Mount Ebal, perto de Nablus, e Beit Horon Norte, próximo a Ramallah.
- Nofei Prat, anteriormente um "bairro", será reconhecido como assentamento independente.
A medida é vista como um golpe aos esforços para uma solução de dois Estados, com a cúpula franco-saudita planejada na ONU. O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia e o Reino Unido condenaram a decisão, chamando-a de "violações do direito internacional".
Desde que o atual governo assumiu, foram planejados 49 novos assentamentos e a legalização de sete postos avançados. O principal tribunal da ONU já determinou que a presença de Israel é ilegal, mas Netanyahu contesta essa decisão.