Por que há tão poucos prédios altos na Europa (e as curiosas regras em Roma, Londres e Atenas)
A construção de arranha-céus na Europa Ocidental enfrenta desafios únicos, como regulamentações rigorosas e a preservação do patrimônio cultural. Assim, enquanto outras regiões competem por alturas, o Velho Continente mantém uma silhueta arquitetônica mais conservadora.
Arranha-céus: símbolo de progresso ou de feiura no horizonte?
Os primeiros edifícios altos, como os zigurates sumérios e as pirâmides do Egito, refletem a busca por poder e transcendência. A partir do final do século 19, o uso de aço e elevadores possibilitou o surgimento dos arranha-céus em Chicago e Nova York.
Atualmente, o World Trade Center é o edifício mais alto dos EUA, ocupando o 7º lugar mundial com 541 metros. O líder global é o Burj Khalifa em Dubai, com 828 metros.
A Europa é uma exceção ao fenômeno dos arranha-céus. Apenas sete dos mil prédios mais altos do mundo estão na União Europeia. O Varso em Varsóvia, é o mais alto da região, em 179º lugar.
Fatores como regulamentações rigorosas para preservação do patrimônio cultural dificultam a construção de arranha-céus na Europa. Exemplos incluem:
- Atenas: Limite de 12 andares para não obstruir a vista do Partenon.
- Roma: Proibição de prédios acima de 136 metros em áreas centrais.
- Londres: Corredores visuais para manter a vista da Catedral de São Paulo.
Além das regulamentações, a geografia e a cultura influenciam a falta de arranha-céus. Em regiões com menos luz solar, como na Suécia, menos necessidade de grandes edifícios se faz sentir.
Por fim, a arquitetura histórica é vista por muitos como um motivo para preservar a silhueta das cidades europeias, evitando construções que ofusquem suas belezas tradicionais.