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Por que Donald Trump está de olho no Canadá e na Groenlândia? A resposta está no Ártico

Mark Carney reafirma a soberania canadense no Ártico diante das ameaças de anexação de Trump. O primeiro-ministro canadense anuncia investimentos em segurança militar e tecnologia para proteger a região estratégica.

Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, visita Iqaluit após passar por Londres e Paris, reforçando a soberania canadense no Ártico, diante das intenções do presidente Donald Trump.

A região, rica em recursos naturais e terras raras, é cobiçada globalmente. Carney anunciou um plano militar de milhões de dólares para garantir presença militar durante todo o ano e um acordo com a Austrália para desenvolver um radar avançado no Ártico.

O derretimento do gelo impulsionou novas rotas de transporte e acirrou tensões geopolíticas na região, com espionagem e sabotagem em crescimento. Trump já manifestou interesse na compra da Groenlândia e considera o uso de força militar para aumentar a presença dos EUA no Ártico.

Atividades militares ocorrem desde a 2ª Guerra Mundial, com a Groenlândia sendo estratégica. Apesar do acordo de defesa de 1951 entre EUA e Dinamarca, Trump expressa insatisfação com a qualidade da segurança na região.

A Dinamarca planeja um investimento de US$ 2 bilhões em segurança no Ártico, embora analistas indiquem que isso pode não ser suficiente para tranquilizar os EUA.

O Canadá busca aumentar seu investimento em defesa a 2% do PIB até 2032, tendo em vista as preocupações com potenciais anexações. Ambos os líderes políticos do país prometem abrir mais bases militares para enfrentar Trump.

A busca por terras raras é uma motivação importante para os EUA. O controle da Groenlândia e do Canadá garantiria acesso a recursos vitais para a nova economia. Rotas do Ártico estão se tornando mais navegáveis, alterando o comércio global.

As reservas de petróleo e gás da região representam uma parte significativa do total global, mas a exploração enfrenta desafios financeiros e logísticos que dificultam o investimento.

Segundo especialistas, o interesse de Trump pode ser exagerado, dado o alto custo e tempo de desenvolvimento associados à extração nos remotos territórios árticos.

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