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Por que China e Rússia estão derrotando o Ocidente na batalha das narrativas?

A crescente influência das agências de notícias estatais, como a russa e a chinesa, expõe a fragilidade do jornalismo ocidental diante da desinformação global. Enquanto muitas nações ocidentais cortam investimentos, os países autocráticos ampliam suas operações de mídia e treinamento de jornalistas em diversas regiões.

Sessenta estudantes formados como jornalistas na African Initiative, agência de notícias em Bamako, Mali, receberam aulas online e presenciais, com a promessa de contratação para apenas três. No entanto, a agência é administrada pela inteligência russa, conforme relatado pela Forbidden Stories.

Enquanto países ocidentais diminuem esforços de transmissão, China e Rússia estão invertendo bilhões em desinformação. Tim Davie, diretor da BBC, alertou sobre o risco à sociedade democrática e pediu aumento no financiamento para o Serviço Mundial da BBC.

A RT russa lançou uma campanha publicitária agressiva em países como México, Índia, Sérvia e Tunísia. Sua Academia RT treina jornalistas na África, Sudeste Asiático e China, enquanto a Sputnik expande serviços na África. Países menores, como a Turquia, também investem em operações jornalísticas, com a TRT lançando um serviço africano em 2023.

A China, com a Xinhua, aumentou seus escritórios na África de um “punhado” para 37 unidades. Ela oferece treinamento e bolsas de estudo para jornalistas africanos. As mídias sociais são um forte campo de atuação para a China, com a CGTN sendo a organização de notícias mais seguida no Facebook.

Apesar das limitações, países ocidentais ainda têm presença considerável. Por exemplo, a BBC possui um canal em hindi com mais seguidores que sua versão em inglês. Entretanto, jornalistas independentes enfrentam desafios financeiros, especialmente em regiões conturbadas, como exemplificado pelo Ziarul de Garda na Moldávia.

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