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Por que câncer colorretal, que matou Preta Gil, cresce 'assustadoramente' em pessoas de até 50 anos

Crescimento alarmante dos casos de câncer colorretal entre jovens acende alerta global. Especialistas buscam entender as causas e sugerem rastreamento precoce para prevenir novas diagnósticos.

Crescimento alarmante de casos de câncer colorretal entre jovens

O aumento dos casos de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos tem gerado preocupações globais. Médicos descrevem a situação como "assustadora" e "preocupante".

No último domingo, a cantora Preta Gil faleceu aos 50 anos, após complicações decorrentes desse tipo de câncer, diagnosticado em janeiro de 2023.

As taxas de câncer colorretal têm permanecido estáveis em indivíduos mais velhos, mas vêm crescendo rapidamente entre os jovens. Segundo o oncologista Paulo Hoff, há um aumento de 70% na incidência em 30 anos entre pacientes jovens.

Nos Estados Unidos, a idade mínima para exames preventivos caiu de 50 para 45 anos. Dados preliminares do Brasil também indicam um aumento da doença em idades mais precoces.

Estatísticas reveladoras:

  • 20% dos diagnósticos de câncer colorretal nos EUA em 2019 foram em pacientes com menos de 55 anos.
  • Esse número dobrou desde 1995.
  • Em 2023, estima-se que haja 19,5 mil casos e 3,7 mil mortes entre os mais jovens.

No Brasil, a epidemiologista Marianna Cancela confirma um aumento geral, mas não estatisticamente significativo entre homens de 20 a 49 anos.

Estimativas futuras indicam que, entre 2026-2030, o câncer colorretal tornará-se o terceiro mais impactante na vida produtiva, tanto para homens quanto mulheres.

Causas possíveis incluem mudanças na dieta, sedentarismo e uso indiscriminado de antibióticos. Contudo, a origem exata ainda é desconhecida.

Rastreamento e diagnóstico:

  • Nos EUA, os testes de rastreamento foram ajustados para iniciar aos 45 anos.
  • No Brasil, o Inca discute um programa de rastreamento semelhante.
  • Exames de sangue oculto nas fezes e colonoscopias são os principais métodos de diagnóstico.

Prognóstico otimista:

O tratamento melhorou com novas técnicas cirúrgicas e medicamentos. A detecção precoce pode levar a taxas de cura acima de 95%.

Alerta final: Sintomas como sangue nas fezes e alterações no ritmo intestinal não devem ser ignorados, independentemente da idade.

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