Por que ainda temos de falar em acesso à educação?
Desigualdades de acesso à educação infantil reveladas pelo Censo Demográfico destacam a urgência de políticas públicas que garantam creche e pré-escola para todas as crianças. O desenvolvimento integral na 1ª infância depende da qualidade e disponibilidade desse atendimento, vital para o futuro educacional e social dos pequenos.
Educação Infantil: Acesso e Qualidade
Nos últimos 6 anos, a importância da educação infantil para o desenvolvimento na 1ª infância tem sido um tema recorrente, com ênfase na avaliação para garantir qualidade.
Retornando a 2000, apenas 9,4% das crianças estavam em creches e 51,4% em pré-escolas, sem o PNE (Plano Nacional de Educação) que visava a universalização. O acesso e qualidade devem ser indissociáveis.
O Censo Demográfico do IBGE aponta desigualdades alarmantes: alguns municípios têm 100% de matrículas, enquanto outros não atingem 50%, desrespeitando a obrigatoriedade da pré-escola desde 2016.
A média de cobertura de creches no Brasil é de 33,9%, sendo opcional para as famílias. O novo PNE deve atrelar metas locais à demanda real, considerando a diversidade regional.
Atualmente, há 31 municípios sem creches, e a falta de informação sobre direitos dificulta o acesso. Mais de 11 milhões de crianças de 0 a 3 anos e 441 mil de 4 a 5 anos estão fora da escola.
A importância da creche e pré-escola é crucial para o desenvolvimento integral da criança, com ênfase em atividades, alimentação e segurança. A estrutura da educação infantil também possibilita que os responsáveis trabalhem.
Matriculados na pré-escola têm 5 vezes mais chances de saber ler e se desenvolvem habilidades essenciais, como coordenação e lógica matemática.
A responsabilidade pela educação infantil é dos municípios, mas a União e a sociedade civil também devem se comprometer a garantir acesso e qualidade a todas as crianças, pois o futuro delas está em nossas mãos.