Por que a Suíça recebeu uma das maiores tarifas de Trump? Veja lista de quem subiu e quem desceu no tarifaço
Suíça reage com indignação a nova tarifa de 39% imposta pelos EUA, alertando para um possível impacto negativo na relação bilateral e no comércio. A decisão surpreende o país, que esperava um acordo comercial favorável com Washington.
A Suíça ficou em choque na sexta-feira, um feriado nacional, após o presidente Donald Trump anunciar uma tarifa recíproca de 39% sobre produtos importados do país. Karin Keller-Sutter, presidente da Suíça, afirmou que não houve acordo com Trump em conversa na véspera.
A indignação já era crescente com a ameaça anterior de uma tarifa de 31%. Com as novas taxas, variando de 10% a 41%, a Suíça observou um aumento inesperado. O Japão, União Europeia e Coreia do Sul enfrentarão tarifas de 15%.
O Brasil mantém sua tarifa de 10% e uma sobretaxa política de 40%, totalizando 50%.
A Suíça exportou US$ 60,9 bilhões para os EUA no último ano, incluindo medicamentos, dispositivos médicos e ouro. Ouro representou US$ 11,5 bilhões. Produtos suíços estarão sujeitos à tarifa de 39% se não houver acordo até 7 de agosto.
Partidos políticos suíços criticaram a decisão de Trump, com o Partido Liberal destacando que os EUA estão saboteando relações comerciais. Relatórios indicam surpresa após esperanças iniciais de um acordo comercial.
A nova tarifa posiciona a Suíça como uma exceção na Europa, com o Reino Unido e Noruega com tarifas mais baixas. Simon J. Evenett, professor, mencionou o aumento do superávit comercial suíço com os EUA, que cresceu 56% em relação ao ano anterior.
A indústria farmacêutica suíça, que destina 60% de suas exportações aos EUA, pode sofrer um impacto significativo. A Novartis e a Roche receberam cartas de Trump pedindo redução de preços de medicamentos.