Por que a Itália está restringindo o direito de cidadania por sangue?
Mudanças nas regras de cidadania visam combater o uso abusivo do passaporte italiano e aliviar a sobrecarga nos serviços públicos. Novo regulamento limita a cidadania apenas a filhos e netos de italianos, restringindo o acesso a descendentes distantes.
Itália aprova novas regras de cidadania
A Itália mudou as regras de cidadania, limpando o direito para pessoas com parentes italianos distantes.
A principal motivação é combater a busca de passaporte por pessoas que não desejam morar no país. Muitos solicitantes visam apenas facilitar viagens e conseguir empregos na Europa.
Antonio Tajani, ministro de Relações Exteriores, disse: "Ser um cidadão italiano é algo sério" e criticou a cidadania automática para descendentes distantes.
Há um excesso de pedidos que congestiona os órgãos públicos, principalmente em pequenas cidades e consulados. Estima-se que 60 a 80 milhões de pessoas mundialmente sejam elegíveis à cidadania italiana, enquanto a Itália tem 59 milhões de habitantes.
A primeira-ministra Georgia Meloni apoia medidas de restrição à imigração irregular e a nova regra limita a cidadania apenas a filhos e netos de italianos, rompendo com a transmissão sem limites de gerações anterior.
- Direito concedido somente a ascendente direto (pai, mãe, avô ou avó).
- Objetivo também é cortar ganhos de empresas de consultoria.