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Por que a disrupção econômica de Trump será difícil de reverter

As ações de Donald Trump em seus primeiros 100 dias à frente da presidência podem deixar marcas duradouras na ordem econômica e política global. Especialistas alertam que, apesar de possíveis reviravoltas futuras, a erosão da confiança nos EUA e o fortalecimento da China podem ser consequências difíceis de reverter.

Donald Trump afirmou sua intenção de destruir a ordem econômica global e obteve avanços significativos em 100 dias de governo.

Ele iniciou uma guerra comercial, descartou tratados e sugeriu que os EUA poderiam não defender a Europa, desmantelando também infraestrutura governamental crítica.

As mudanças são profundas, mas a instabilidade política nos EUA pode mudar esse cenário em futuras eleições. Especialistas alertam que algumas transformações podem ser dificeis de reverter.

O desconhecimento pelos EUA está resultando na formação de parcerias comerciais entre países que excluem Washington. A UE e nações sul-americanas estão criando grandes zonas comerciais, enquanto o Canadá busca reduzir sua dependência militar dos EUA.

Ao mesmo tempo, Trump fortalece líderes autocráticos e potencializa a influência da China, que se posiciona como defensora do livre comércio em resposta à retórica protecionista americana.

A atuação da China na África cresce à medida que os EUA se afastam, gerando um vácuo de poder. Além disso, a hostilidade do governo pode prejudicar a capacidade dos EUA de evitar que a tecnologia avançada chegue à China.

A influência da China no Sudeste Asiático aumenta enquanto os EUA ameaçam tarifas que afetarão negativamente economias locais.

Finalmente, o esvaziamento das capacidades de pesquisa e desenvolvimento do governo federal pode comprometer a vantagem competitiva dos EUA em ciência e tecnologia.

Enquanto a ordem econômica muda, a pergunta central é: o povo americano deseja essa transformação? Mudar o sistema está se tornando a nova norma.

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