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Por que a Aura Minerals quer listar na Nasdaq

Aura Minerals planeja listagem na Nasdaq para aumentar liquidez e múltiplos da ação. A empresa já está negociando com bancos e estima captar até US$ 300 milhões para financiar projetos em andamento.

A Aura Minerals anunciou planos de listagem na Nasdaq para aumentar a liquidez de suas ações e corrigir o desconto atual em relação aos seus concorrentes.

A empresa já está listada na Bolsa de Toronto, com um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,8 bilhão, e possui BDRs no Brasil.

Com essa oferta, a Aura pretende:

  • Manter a listagem em Toronto.
  • Transferir parte do float para a Nasdaq.

Especialistas afirmam que o mercado americano é mais profundo que o canadense, refletindo uma tendência de empresas de mineração que migraram para os EUA.

O volume médio diário negociado atualmente é de US$ 4 milhões, e a expectativa é que suba para pelo menos US$ 15 milhões.

O float atual é de 35% e deve aumentar com a oferta. A Aura está buscando entre US$ 300 milhões e irá depender da demanda do mercado.

A baixa liquidez tem contribuído para que as ações negociem a apenas 40% do net asset value (NAV), enquanto a média do setor é de 90%.

Com a listagem, espera-se que esse múltiplo suba para cerca de 70%.

Os recursos da oferta primária financiarão três projetos importantes:

  • Compra da Mineração Serra Grande por US$ 76 milhões.
  • Desenvolvimento da mina de Matupá, no Mato Grosso.
  • Investimentos na mina Era Dorada, na Guatemala.

A oferta coincide com o valor do ouro próximo a US$ 3.300, um aumento significativo em comparação aos US$ 2.000 de um ano e meio atrás. Essa alta é impulsionada principalmente pela guerra na Ucrânia e o crescente endividamento dos EUA.

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