Por dentro do monastério de monges tibetanos que tentam resistir à China
Monge tibetano alerta sobre a opressão do governo chinês e as crescentes restrições à cultura e identidade tibetanas. A escolha do próximo Dalai Lama se torna um ponto crucial na luta pela autonomia e preservação da fé tibetana.
Monge tibetano desafia repressão chinesa
Um monge caminha em direção à equipe de reportagem, vestindo um manto carmesim e segurando contas de oração, mesmo sendo seguido por oito homens não identificados.
O mosteiro de Kirti, em Sichuan, é um centro histórico de resistência tibetana desde os protestos de autoimolações nos anos 2000, o que ainda preocupa o Partido Comunista da China (PCC).
Uma delegacia de polícia foi instalada na entrada do mosteiro, cercada por câmeras de vigilância. O monge alerta: "Eles estão observando vocês."
Desde a anexação do Tibete em 1950, o PCC mantém controle rigoroso sobre a população, ampliando o investimento em infraestrutura enquanto restringe a liberdade religiosa e cultural.
A região de Aba, onde se localiza o mosteiro, tem sido um ponto chave para protestos e violentos confrontos com paramilitares chineses, resultando na morte de tibetanos. As recentes autoimolações têm gerado um "corredor dos mártires".
Os tibetanos enfrentam severas restrições, com crianças obrigadas a estudar em escolas estatais e sob a supervisão do governo, dificultando o aprendizado do budismo tibetano.
Recentemente, o Dalai Lama anunciou planos de sucessão em um evento na Índia, prometendo que seu sucessor será escolhido apenas após sua morte, desafiando a influência do governo chinês que deseja controle sobre a próxima reencarnação.
Ainda há um forte sentimento de identidade e resistência entre os tibetanos que vivem sob vigilância pesada, lutando para manter sua cultura e tradições mesmo diante da opressão.
A pergunta continua: como os tibetanos sustentarão sua identidade após a partida do seu líder espiritual?