Por dentro de um experimento no WhatsApp com bolsonaristas, lulistas e 'flutuantes': o que pensam sobre o tarifaço e Moraes?
Estudo revela a polarização de opiniões sobre as medidas judiciais contra Bolsonaro entre grupos políticos brasileiros. Enquanto bolsonaristas condenam a ação do STF, lulistas e eleitores flutuantes apoiam a defesa da soberania nacional.
Tornozeleira em Bolsonaro: Gerente de vendas de 55 anos considera uma "grande injustiça".
Tradutor de 33 anos celebra a ação do STF, enquanto servidor do Paraná a considera exagerada.
Esses três homens fazem parte do Monitor do Debate Público (MDP), um experimento do Instituto de Estudos Políticos e Sociais da UERJ, que estuda a opinião pública sobre as ações judiciais envolvendo Bolsonaro.
O MDP acompanha 50 eleitores divididos em cinco grupos: bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulistas descontentes e lulistas.
As opiniões dos dois grupos bolsonaristas se alinham, enquanto os lulistas aprovam as punições ao ex-presidente.
Os grupos de "centro" apresentam visões ambivalentes sobre as medidas de Alexandre de Moraes.
Uma semana antes da tornozeleira, Trump ameaçou taxar as exportações brasileiras, levando a um apoio geral entre os não bolsonaristas às reações do governo Lula. Carolina de Paula, do MDP, destacou unidade nas opiniões contra o tarifaço.
O MDP revela que grupos flutuantes e lulodescontentes demonstraram apoio à defesa da soberania nacional pelas autoridades brasileiras.
A pesquisa também evidenciou a resiliência dos bolsonaristas na crítica à política externa do governo Lula e ao papel do Judiciário.
Os bolsonaristas moderados tendem a uma abordagem mais argumentativa nas discussões.
Em relação à pesquisa, demanda por respostas rápidas entre bolsonaristas foi observada, enquanto lulistas tendem a ser mais lentos nas reações.
Sobre a política de taxação dos super-ricos, todas as faixas reconhecem a desigualdade, mas diferem nas causas. Bolsonaristas culpam a corrupção, enquanto lulistas apoiam a taxação proposta pelo governo.
Desafios futuros: O governo deve comunicar a questão da desigualdade de forma a evitar o antagonismo entre classes sociais.