Polônia tem primeiro turno polarizado nas eleições presidenciais
Trzaskowski e Nawrocki se preparam para um disputado segundo turno em meio a tensões regionais. A eleição é vista como um teste crucial para as forças políticas na Polônia e sua posição em relação à segurança europeia.
Prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, e historiador Karol Nawrocki disputarão segundo turno para presidente da Polônia em duas semanas.
Uma pesquisa de boca de urna do instituto Ipsos indica que Trzaskowski tem 30,8% e Nawrocki 29,1% dos votos. O candidato de extrema-direita, Slawomir Mentzen, aparece com 15,4%. Para vencer no primeiro turno, é necessário 50% dos votos.
Os resultados oficiais devem ser divulgados entre segunda e terça-feira, confirmando a eleição para 1º de junho.
A eleição ocorre em um momento de preocupações com a segurança da Polônia, dada a guerra na Ucrânia e incertezas sobre o compromisso dos Estados Unidos com a segurança europeia sob Donald Trump.
Trzaskowski é um liberal aliado de Donald Tusk e Nawrocki, um conservador sem experiência política, apoiado pelo partido nacional-conservador Lei e Justiça.
As pesquisas recentes mostram Trzaskowski com cerca de 30% e Nawrocki próximo de 20%.
A eleição também testará a força de outras forças políticas, como a extrema direita. Mentzen, com retórica populista e crítica à União Europeia, é o terceiro nas pesquisas.
Houve tentativas de interferência estrangeira na campanha, incluindo ciberataques e financiamento de anúncios de fora do país.
A presidência na Polônia detém poder substancial: o presidente é comandante das Forças Armadas e pode vetar legislações, um poder usado pelo conservador cessante, Andrzej Duda, para dificultar o programa de Tusk.
Uma vitória de Trzaskowski poderia acabar com esse impasse, prometendo reformas na justiça e na mídia pública, que críticos afirmam terem sido politizadas.