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Políticas de Donald Trump podem dar à China a liderança na corrida energética global, dizem especialistas

Analistas apontam que a vulnerabilidade dos EUA na produção de petróleo e em tecnologias limpas pode abrir caminho para a China se tornar a líder energética mundial. A guerra comercial e as novas tarifas de Trump agravam a situação, afetando a competitividade dos produtores americanos.

A China pode substituir os Estados Unidos como a potência energética dominante devido a consequências da guerra comercial de Donald Trump e ao avanço em tecnologias limpas.

As tarifas agressivas de Trump, anunciadas no início do mês, fizeram com que os preços do petróleo caíssem significativamente e impactaram as políticas da administração Biden para a indústria de tecnologia limpa.

Segundo um relatório da Wood Mackenzie, as tarifas dificultarão a competitividade dos produtores de petróleo americanos em mercados internacionais. Além disso, os EUA estão sendo superados pela China em tecnologias como baterias de íon-lítio, veículos elétricos e células solares.

A produção de petróleo dos EUA alcançou um recorde histórico maior do que qualquer país na história, mas deverá começar a declinar na década de 2030. Em contraste, a produção de petróleo da China atingiu 19,03 milhões de toneladas em março de 2025, um recorde histórico.

O relatório indica que, embora a dominância dos EUA continue por enquanto, enfrenta desafios:

  • A guerra comercial de Trump aumentou os temores de recessão;
  • Os preços baixos do petróleo podem impactar o crescimento da produção americana;
  • Tarifas elevadas sobre insumos podem aumentar custos para as empresas de perfuração;
  • Produtores de xisto enfrentam sua pior crise desde a pandemia de Covid-19.

Especialistas alertam que a abordagem de Trump em relação à energia verde pode fortalecer o controle da China sobre o setor. Alternativas para os EUA incluem diversificar a produção doméstica de painéis solares.

A administração Trump cancelou recentemente um projeto eólico offshore de US$ 5 bilhões e ameaça interromper empréstimos e subsídios para tecnologias limpas, desfazendo a Lei de Redução da Inflação de Biden.

Enquanto a produção de energia de baixo carbono nos EUA deve aumentar, a participação global da China em veículos elétricos e baterias também crescerá com sua fabricação de baixo custo.

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