Política monetária restritiva causará desaceleração, mas não crise, diz secretário da Fazenda
Guilherme Mello afirma que a Selic e inflação permanecerão restritivas, mas sem gerar crise econômica. O secretário destaca projeções de desaceleração da atividade no segundo semestre e crescimento do PIB em 2,6% a partir de 2026.
Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou que as projeções do Boletim Focus indicam que a Selic e a inflação manterão uma política monetária restritiva até o início do ano que vem.
Ele destacou que isso resultará em uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre de 2023, mas não em uma crise econômica.
Mello ressaltou: "A política monetária tem efeito sobre a atividade", citando impactos já observados nas concessões de crédito em setores sensíveis.
Atualmente, a Selic está em 14,75% ao ano, e a política está em um patamar restritivo, como mencionado pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, projetou que o IPCA alcançará até 6,1% até 2025, encerrando este ano em 5%.
Quanto ao PIB, a estimativa é de crescimento médio de 2,6% ao ano a partir de 2026, considerando o impacto de reformas econômicas.
Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.