Policial civil é preso por disparos durante ato no Rio depois de morte
Policial civil é preso após disparar em protesto que pedia justiça pela morte de jovem durante operação do Bope. Investigação prossegue para esclarecer as circunstâncias do incidente e determinar responsabilidades.
Policial civil é preso por disparos em protesto no Morro Santo Amaro, Catete, RJ, no domingo (8.jun.2025).
A manifestação, ocorrida na sexta-feira (6.jun.2025), contestava a morte de Herus Guimarães Mendes, 23 anos, durante uma operação do Bope em uma festa junina na comunidade.
O policial, que estava de folga, foi detido pela Corregedoria-Geral de Polícia Civil por disparo de arma de fogo e enfrenta um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Herus foi baleado no abdômen e não resistiu, mesmo após ser levado ao Hospital Glória D’Or. Outras 5 vítimas ficaram feridas, todas sem antecedentes criminais.
A Secretaria de Polícia Militar explicou que a operação foi motivada por rumores de conflitos entre facções na região. A comunidade não apresenta presença significativa do tráfico de drogas.
O governador Cláudio Castro afastou 14 policiais envolvidos, incluindo comandantes do Bope e outros 12 agentes.
Armas do Bope foram apreendidas para análise e a Polícia Civil utilizou scan 3D para identificar a origem dos disparos. O Ministério Público do Rio iniciou uma perícia independente.
As investigações seguem em andamento para esclarecer as circunstâncias dos disparos que resultaram na morte de Herus e nas feridas das outras vítimas.
A Polícia Civil afirmou em nota que não compactua com desvios de conduta ou abuso de autoridade.