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Plantas daninhas causam prejuízos bilionários no RS

Resistência a herbicidas afeta 38% dos municípios gaúchos, enquanto perdas financeiras na safra ultrapassam R$ 1,2 bilhão. Levantamento da Embrapa revela a distribuição e tipos de resistência de azevém e caruru no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Levantamento da Embrapa: mapeamento revela resistência de azevém e caruru aos herbicidas no Brasil.

A resistência do azevém foi encontrada em 38% dos municípios do Rio Grande do Sul, gerando prejuízo de R$ 1,2 bilhão na safra anual de grãos.

No mapeamento de 2024, foram identificadas a presença e o tipo de resistência em azevém (Lolium multiflorum) e caruru (Amaranthus spp.) nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os dados mostram:

  • 38% dos municípios gaúchos com resistência a azevém
  • 27% com dificuldades no controle de caruru
  • Em Santa Catarina, 8% dos municípios apresentam resistência a azevém e 2,3% a caruru.

A estimativa foi feita através de entrevistas com produtores e assistentes técnicos, segundo o pesquisador Décio Karam. Os mapas ajudam a orientar estratégias de manejo e ações de pesquisa.

Controle das Plantas Daninhas: Métodos sugeridos incluem:

  • Preventivo: aquisição de sementes limpas, limpeza de máquinas.
  • Mecânico: capinas e roçadas.
  • Químico: uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação.

O uso inadequado de herbicidas tem gerado resistência. A resistência de azevém foi registrada pela primeira vez em 2003, e em 2015 foi a vez do caruru.

Azevém é uma gramínea de fácil dispersão, enquanto o caruru (Amaranthus palmeri) tem alta capacidade de produção de sementes, causando grandes perdas em lavouras se não controlado.

A Embrapa recomenda um manejo integrado que combine o uso de plantas de cobertura, herbicidas pré e pós-emergentes, para garantir maior produtividade e evitar a seleção de biótipos resistentes.

Fontes: Embrapa e pesquisadores especialistas.

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