Planos de Trump para paz vão de bate-boca com Zelensky a Riviera em Gaza
Trump busca encerrar guerras na Ucrânia e Faixa de Gaza, mas impasses marcam seus primeiros 100 dias. Críticas de aliados históricos e uma abordagem unilateral na região do Oriente Médio são destacadas por especialistas.
Desde que reassumiu a presidência dos EUA em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump (Partido Republicano) tem se esforçado para encerrar as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Completando 100 dias de governo em 29 de abril de 2025, suas ações têm gerado impasses e tensões, segundo Matias Spektor, da FGV. A estratégia de Trump visa liberar recursos para conter a China no mar do Sul da China.
Guerra na Ucrânia:
- Trump contatou Vladimir Putin em 12 de fevereiro, prometendo negociações.
- O governo excluiu a Ucrânia das conversas iniciais, gerando críticas.
- A Casa Branca suspendeu ajuda militar e compartilhamento de inteligência com a Ucrânia.
- Acordo preliminar de cessar-fogo foi alcançado em 11 de março, mas impasses persistiram.
- A cidade de Odesa foi atacada em 21 de março, rompendo acordos.
As tensões aumentaram a ponto de Trump criticar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusando-o de desrespeitar os EUA. No entanto, as negociações prosseguiram, culminando em um acordo para garantir a segurança da navegação no mar Negro.
Guerra na Faixa de Gaza:
- Trump assumiu com um cessar-fogo em vigor, mas Israel retomou ataques em março.
- Adotou postura pró-Israel, rejeitando propostas de reconstrução do território palestino.
- Sugeriu transformar a Faixa de Gaza em um resort, gerando reações negativas.
Spektor vê a atuação de Trump como claramente unilateral, priorizando a segurança israelense sobre as preocupações palestinas. A guerra na Ucrânia é considerada uma prioridade maior por seu custo financeiro aos EUA.
Até agora, não há plano estruturado para uma nova trégua em Gaza e as negociações seguem incertas.