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Plano para confinar palestinos ameaça inviabilizar trégua na Faixa de Gaza

Plano de Israel para confinamento de civis em Gaza é criticado como potencial violação de direitos humanos. Proposta levanta dúvidas sobre os esforços de cessar-fogo e gera reações adversas entre autoridades palestinas e especialistas internacionais.

Plano de Confinamento de Palestinos em Gaza

O Ministério da Defesa de Israel planeja confinar a maioria da população da Faixa de Gaza em uma zona restrita e devastada no sul do território, como parte do atual conflito. Esta proposta pode comprometer os esforços de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Autoridades israelenses informaram a governos e jornalistas sobre o plano, que envolve o deslocamento de centenas de milhares de palestinos para uma área controlada pelas forças armadas israelenses, próxima à fronteira com o Egito. Especialistas jurídicos alegam que isso violaria o direito internacional, caracterizando uma forma de limpeza étnica.

O ministro da Defesa, Israel Katz, introduziu a proposta e, embora não haja comentários oficiais do governo, o Hamas já a considera um obstáculo para a trégua. Durante um cessar-fogo, o Hamas busca a retirada de tropas israelenses de grande parte da ~Faixa de Gaza.

Husam Badran, membro do Hamas, criticou a proposta como “obstrutiva” e inaceitável. As negociações para um cessar-fogo permanecem paralisadas, com Israel querendo retornar à guerra e o Hamas exigindo garantias de desarmamento.

Katz descreveu a nova área como uma “cidade humanitária” para até 2 milhões de palestinos. Críticos consideram a ideia similar a um campo de concentração moderno, já que os moradores não poderiam deixar a região. Isso levanta preocupações sobre transferência forçada, um crime sob o direito internacional.

Alguns analistas veem o plano como uma tática de negociação, enquanto o ministro de extrema direita Itamar Ben-Gvir sugere que a proposta visa facilitar um acordo de cessar-fogo.

Conclusão: A situação em Gaza continua tensa e o futuro das negociações é incerto, com grandes implicações humanitárias e legais.

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