Plano de saúde de deputados e senadores deixa rombo de R$ 36 milhões nos cofres do Legislativo
Gastos com planos de saúde de parlamentares em 2024 geram um déficit de R$ 36 milhões no Legislativo. Estudo revela que o Senado é o mais afetado, com restituições elevadas.
Estudo do Ranking dos Políticos revela gastos de R$ 36 milhões em 2024 com planos de saúde de deputados, senadores e seus dependentes.
O impacto maior é no Senado, devido a reembolsos. O levantamento foi feito com dados da Lei de Acesso à Informação e do Portal da Transparência.
No Senado:
- Contribuição dos senadores: R$ 4,5 milhões
- Gastos totais com reembolsos: R$ 37,4 milhões
- Dívida do Congresso: R$ 32,9 milhões
Considera 85 senadores e 192 ex-senadores, além de 361 dependentes.
Na Câmara:
- Contribuição dos deputados: R$ 5,5 milhões
- Coparticipações: R$ 1,3 milhão
- Gastos totais: R$ 10,07 milhões
- Dívida adicional: R$ 3,2 milhões
Com somatório, o rombo total chega a R$ 36 milhões.
Dos 513 parlamentares, 421 usam o Programa de Assistência à Saúde (Pró-Saúde), que inclui 832 dependentes.
O diretor de operações, Luan Sperandio, destaca que o benefício não é ilegal, mas chama a atenção para a distorção de custos:
“Ao não corrigir essa distorção, o Estado perpetua mais um privilégio.”
O plano de saúde da Câmara abrange atendimento médico-hospitalar, odontológico, exames e tratamentos. O custo é coberto pelos usuários com contribuição mensal e coparticipação de 25% sobre despesas médicas.
O Sistema Integrado de Saúde do Senado oferece serviços similares, custeando parcialmente as despesas.
Sperandio ressalta que, no setor privado, o custo de planos com cobertura equivalente seria muito mais alto.