Plano de contingência foi desenhado com 'racionalidade técnica' e 'na medida certa' para tarifaço, diz Ceron
Governo se prepara para os impactos da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos, anunciando um plano de contingência fundamentado em análise técnica. Secretário do Tesouro destaca que medidas serão proporcionais aos efeitos econômicos enfrentados por diferentes setores.
Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o plano de contingência do governo visa mitigar os efeitos do novo tarifaço de 50% nos produtos brasileiros, implementado pelos Estados Unidos.
A taxação incidirá sobre vários produtos, mas algumas exceções foram confirmadas, incluindo celulose, petróleo, suco de laranja, e fertilizantes.
Ceron destacou que as medidas foram elaboradas com racionalidade e técnica, pensando em como proporcionar o suporte necessário enquanto o cenário econômico não se estabiliza.
Apesar de mencionar o Rio Grande do Sul em sua declaração, Ceron alertou que não se deve comparar as medidas de 2024 com as de socorro ao estado, devido às características diferentes dos eventos.
Ele não divulgou detalhes do plano, mas garantiu que as medidas estão prontas e que seu impacto fiscal já foi calculado. O anúncio oficial dependerá do Palácio do Planalto.
Ceron avaliou que a decisão dos EUA de deixar alguns produtos de fora da taxação é um resultado positivo para o Brasil, trazendo um cenário mais benigno do que se esperava.
"Ainda representa um cenário mais benigno do que poderia ser", concluiu Ceron, ressaltando que a análise do documento dos EUA ainda precisará ser feita.