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Planejamento estratégico limita impacto de crises

Médias empresas enfrentam desafios crescentes devido a tarifas e crises financeiras. Especialistas sugerem a atualização do planejamento estratégico e uma gestão financeira mais rigorosa para garantir a competitividade.

Falta de planejamento estratégico é um desafio crítico para médias empresas, especialmente em períodos de crise.

Atualmente, enfrentam juros altos, câmbio instável e a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelos EUA, a partir de 6 de agosto.

Segundo o professor Paulo Feldmann, da FEA-USP, médias empresas carecem dos benefícios fiscais das pequenas e da escala das grandes. Para navegar na turbulência, especialistas recomendam atualizar o planejamento estratégico, reforçar a disciplina financeira e formar parcerias via entidades de classe.

A vice-presidente da Mid by Falconi, Marina Borges, sugere que, no curto prazo, as empresas foquem em sobrevivência e adaptação.

O economista Carlos Primo Braga destaca três características de médias empresas resilientes: evitar alavancagem elevada, manter interface com o mercado internacional e investir em inovação.

Marina orienta gestores a avaliar os impactos nas margens e demanda, priorizar liquidez e decisões coletivas. Ela ressalta que a busca por novos mercados deve estar alinhada aos resultados planejados.

Feldmann identifica falta de controle de caixa e dificuldade de crédito como principais problemas nesse cenário. Ele desaconselha empréstimos e propõe que o governo amplie créditos subsidiados via BNDES.

Ele também defende a criação de consórcios para pequenas e médias empresas, algo que já ocorre com sucesso na Europa.

A tarifa de 50% pode impactar setores como agronegócio e produtos regionais, sendo que itens como carne bovina e frutas estão entre os afetados.

Braga recomenda focar em negociações comerciais e parcerias nos EUA, ao invés de retaliações. O especialista em direito tributário Felipe Dias alerta para o aumento do IOF que encarece o capital de giro e sugere o uso de ativos pouco explorados para captação de recursos.

Ele também enfatiza a importância de comitês fiscais para gerenciar riscos e ajustar contratos com a nova carga tributária.

Por fim, **Marina Borges** afirma que a profissionalização traz retornos, citando que empresas que investem em planejamento crescem, em média, 26% acima do mercado.

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