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PL pede abertura de CPI para apurar uso de verba pública por influenciadores pró-Lula

Deputado acusa governo de financiar influenciadores para impulsionar pautas políticas. Pedido de CPI visa investigar a suposta utilização de recursos públicos em campanhas digitais.

Deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou um pedido de abertura de uma CPI na Câmara dos Deputados.

A CPI visa investigar o uso de recursos públicos no financiamento de influenciadores digitais alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O requerimento aponta para uma “estrutura paralela de comunicação”, supostamente coordenada por órgãos federais e entidades privadas, para impulsionar conteúdos político-partidários nas redes sociais.

A iniciativa acontece em meio às discussões sobre a taxação dos mais ricos, que enfrenta resistência no Congresso.

Segundo Gayer, há indícios de que influenciadores e agências de publicidade estão sendo financiados com recursos da Secretaria de Comunicação Social (Secom), ministérios e bancos públicos.

Os pagamentos serviriam para ampliar a divulgação de pautas governistas e ações do Executivo com estratégias digitais como disparos coordenados e campanhas otimizadas.

A principal motivação para o pedido de CPI foi o lançamento da plataforma “Influenciadores com Lula”, que visa mobilizar criadores de conteúdo para divulgar a campanha “taxação BBB” (bilionários, bancos e apostas esportivas).

Gayer argumenta que isso mistura recursos partidários com verba pública, comprometendo a lisura institucional e ferindo princípios da impessoalidade e legalidade na administração pública.

O pedido surge quando o governo tenta aprovar, ainda no segundo semestre, um projeto para elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha de Lula.

A medida tem custo fiscal relevante, e para compensá-lo, o Planalto propôs a taxação de fundos exclusivos, offshores e apostas esportivas, além de alterações na tributação de bancos e grandes fortunas.

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