Pix parcelado: oferta cresce e ganhará regras, mas apenas 33% dos varejistas conhecem a modalidade
Pix parcelado se destaca como uma nova opção de crédito, especialmente entre consumidores sem acesso a cartões. A expectativa é que a regulamentação do Banco Central amplifique essa modalidade no varejo brasileiro.
Pix parcelado, uma modalidade de crédito, está em operação desde 2021 e receberá novas regras do Banco Central até setembro. Inicialmente focada em clientes pessoa física, a modalidade também atraiu os que têm CNPJ.
Apenas 33% dos varejistas conhecem o Pix parcelado, enquanto 72% dos consumidores demonstram interesse, especialmente entre os sem cartão de crédito.
A pesquisa do Instituto Datafolha, encomendado pela Koin, mapeou o comportamento do consumidor em pagamentos digitais. O Pix parcelado funciona como o modelo Buy Now, Pay Later (BNPL), permitindo compras parceladas sem cartão.
Projeções indicam que o uso do BNPL na América Latina deve superar outros meios de pagamento até 2026, impulsionado pela bancarização digital e o crescimento de soluções de parcelamento.
No Brasil, no primeiro trimestre, foram registradas 11,4 bilhões de transações com cartões, movimentando R$ 1,1 trilhão. O Banco Central planeja reforçar o uso do Pix no varejo com regras específicas para estimular o acesso ao crédito.
Atualmente, cada instituição adota critérios próprios para o pagamento parcelado, com incidência de juros definidos pelas mesmas. João Nascimento, do CSMV Advogados, destaca a importância de taxas atrativas para o sucesso do Pix parcelado.
O Morgan Stanley indica que o BNPL no Brasil ainda tem espaço para crescimento, com apenas 18% dos sites de e-commerce aceitando a modalidade, muito abaixo dos 63% nos EUA e 29% no México.
Com mais de 800 milhões de chaves Pix ativas, a modalidade representa 30% das transações do e-commerce nacional. O Pix é utilizado por 84% dos consumidores online. A adesão ao BNPL pode beneficiar 53% da população sem cartão de crédito, favorecendo o acesso ao consumo.