Pix, Lava- e 25 de Março: entenda investigação dos EUA contra o Brasil
Investigação do USTR aponta que Brasil adota práticas comerciais que prejudicam competitividade dos EUA, incluindo barreiras em serviços digitais e tarifas discriminatórias. O governo americano busca comprovar alegações relacionadas à corrupção, propriedade intelectual e desmatamento ilegal.
Investigação do USTR: A pedido do presidente Donald Trump, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) iniciou uma investigação sobre políticas do governo brasileiro que podem prejudicar o comércio americano.
A investigação, realizada sob a Section 301 da Lei Comercial de 1974, inclui consultas diplomáticas e uma audiência pública marcada para 3 de setembro de 2025.
Sete frentes de queixas: As acusações abordam diversas questões, como Pix, tarifas, propriedade intelectual, etanol, corrupção e desmatamento.
- Concorrência em serviços digitais: EUA alegam que o Brasil distorce a concorrência ao promover o Pix como pagamento preferencial.
- Transferência de dados: Críticas às normas brasileiras que restringem transferências internacionais e responsabilizam plataformas por conteúdos de terceiros.
- Estrutura tarifária: O Brasil é acusado de oferecer tarifas preferenciais a países como México e Índia, criando desvantagens para produtos americanos.
- Ambiente regulatório: EUA destacam fragilidades na aplicação de leis anticorrupção, afetando a previsibilidade para investidores.
- Propriedade intelectual: Acusações de falhas no combate à pirataria e à falsificação, com menção à Rua 25 de Março.
- Tarifas sobre etanol: Elevação das tarifas sobre etanol importado dos EUA, reduzindo drasticamente as exportações.
- Desmatamento: Brasil é criticado por não combater o desmatamento ilegal, comprometendo a competitividade de produtores americanos.
A USTR solicitou consultas diplomáticas com o governo brasileiro. O desfecho da investigação poderá resultar em novas tarifas ou sanções.
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