Pirataria e assaltos a navios no Sudeste Asiático aumentam 83% no primeiro semestre de 2025, informa grupo antipirataria
Número de ataques a navios no Sudeste Asiático atinge o maior nível em um ano, com o Centro de Compartilhamento de Informações do ReCAAP pedindo medidas de segurança mais rigorosas. Criminosos, motivados por dificuldades socioeconômicas, estão atacando principalmente embarcações lentas e mal armadas durante a noite.
Sudeste Asiático: aumento de pirataria em 2025
O Sudeste Asiático registrou 95 casos de pirataria e assaltos à mão armada contra navios entre janeiro e junho de 2025, um aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o Centro de Compartilhamento de Informações do ReCAAP.
A maior parte dos incidentes ocorreu nos Estreitos de Malaca e de Singapura, com pelo menos 80 casos reportados — subida significativa dos 21 registros do primeiro semestre de 2024.
Dos ataques, 50% tiveram como alvo navios graneleiros e 25% foram contra petroleiros. A maioria dos casos não foi considerada grave: em 90% dos incidentes, nenhum tripulante sofreu ferimentos.
O relatório aponta que 90% das ocorrências aconteceram à noite, em embarcações mais lentas e com equipes de vigilância reduzida. Não há indícios de que navios específicos estejam sendo visados.
Vijay D. Chafekar, do ReCAAP, afirmou: “Os criminosos arriscam suas vidas durante os ataques para roubar itens de baixo valor”, indicando problemas socioeconômicos como motivação para os crimes.
Em metade dos casos, nada foi levado e, em 29%, os invasores roubaram peças de motores. As autoridades precisam intensificar a presença em áreas afetadas e as tripulações devem reforçar protocolos de segurança.