Pior dia em três décadas: Ações em Hong Kong caem mais de 13% com 'tarifaço' de Trump e reação da China
Queda histórica das ações em Hong Kong reflete medo de recessão global após tarifas de Trump. Mercados asiáticos enfrentam forte colapso, intensificando a crise econômica causada pela guerra comercial.
Ações em Hong Kong despencam mais de 13% nesta segunda-feira, marcando seu pior dia em quase três décadas, em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, intensificando a guerra comercial com a China e gerando temores de recessão.
O Hang Seng Index fechou em queda de 13,22% (3.021,51 pontos), a sua maior queda desde 1997, enquanto o Shanghai Composite Index caiu 7,34% (245,43 pontos).
As bolsas asiáticas começaram a semana em baixa forte, refletindo a antecipação de perdas em Wall Street após a implementação de um imposto universal de 10% sobre importações nos EUA e aumentos futuros de tarifas para alguns países, incluindo a EU e a China.
Trump nega intenção de derreter ações e afirma não prever as reações do mercado, tratando as tarifas como um remédio para a economia americana. Desde o início da ofensiva tarifária, as empresas americanas perderam trilhões de dólares.
Contratos futuros de índices da bolsa de Nova York caíam no domingo, sinalizando uma nova queda, com o petróleo americano abaixo de 60 dólares por barril.
Governos buscam negociar: mais de 50 países demonstraram interesse em reduzir tarifas. A China reagiu imediatamente às tarifas, enquanto ministros da União Europeia se reúnem para discutir respostas.
Trump vê beleza nas tarifas e acredita que, num futuro, os EUA reconhecerão seu valor. O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que as novas tarifas deverão entrar em vigor sem adiamentos.
Consequências esperadas: embora a Casa Branca minimize o impacto sobre consumidores, economistas acreditam que uma inflação e desaceleração econômica são prováveis. A Rússia não está incluída nas tarifas devido a negociações sobre o conflito na Ucrânia.