PIB sobe 1,4% no 1º tri: por que analistas veem desaceleração da economia à frente
Crescimento da economia no primeiro trimestre de 2025 é impulsionado pela agropecuária, mas analistas preveem desaceleração futura. Investimentos e consumo das famílias também contribuíram para os resultados, embora a inflação e juros altos sejam desafios persistentes.
Crescimento da economia brasileira: O PIB cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, segundo o IBGE.
Comparações: O crescimento ficou abaixo da expectativa dos analistas (1,5%) e foi superior ao 0,1% do quarto trimestre de 2024. Em relação ao mesmo período de 2024, o avanço foi de 2,9%.
Setores: A agropecuária teve alta de 12,2%, impulsionada pela safra recorde de soja e milho. Serviços cresceram 0,3% e a indústria recuou 0,1%.
Demanda: Investimentos (FBCF) aumentaram 3,1%, estimulados pela importação de uma plataforma de petróleo. O consumo das famílias cresceu 1%, enquanto o consumo do governo avançou 0,1%.
Setor externo: Contribuição negativa, com importações crescendo 5,9% e exportações 2,9%.
Expectativas: Analistas preveem uma desaceleração gradual do PIB nos próximos trimestres, influenciada pela sazonalidade e base de comparação forte.
Riscos: Possíveis impactos da guerra comercial EUA-China e da gripe aviária, mas sem grande efeito no PIB. Aumento do IOF poderá encarecer o crédito, mas com impacto limitado na atividade.
Demanda sustentável: Com mercado de trabalho aquecido e gastos do governo, a atividade deve continuar resiliente, reforçada por 257 mil empregos formais criados em abril e uma taxa de desemprego de 6,6%.
Estímulos fiscais: Exemplos incluem aumento do salário mínimo, liberação de recursos do FGTS e programas sociais em expansão. Entretanto, a inflação se mantém elevada, influenciando os juros e o sentimento dos brasileiros.