PIB dos EUA e Caged decepcionam e taxas têm queda firme
Juros futuros caem após dados fracos do PIB americano e geração de empregos no Brasil. Expectativas de alta de juros mais moderada pelo Copom aumentam entre os investidores.
Juros futuros encerraram o pregão com queda, especialmente nos vértices de longo prazo, com baixas superiores a 10 pontos-base. Fatores do Brasil e Estados Unidos influenciaram o movimento, como a queda inesperada do PIB americano e geração de empregos abaixo do esperado no Brasil.
A taxa do DI para janeiro de 2026 fechou em 14,675%, a de janeiro de 2027 caiu para 13,91%, a de janeiro de 2029 foi a maior baixa, indo a 13,535%, e a de janeiro de 2031 recuou para 13,78%.
Nos Estados Unidos, as taxas dos Treasuries também fecharam em baixa, com a T-note de dois anos a 3,615%.
A contração do PIB americano foi de 0,3%, provocada por um alto volume de importações. Economistas expressam preocupação com o crescimento econômico do país.
Mesmo assim, o Federal Reserve não deve cortar juros na próxima reunião, devido a impactos inflacionários. O deflator dos gastos com consumo (PCE) mostrou alta de 2,3%, ligeiramente acima do esperado.
Nos dados do mercado de trabalho, o setor privado dos EUA criou apenas 62 mil vagas em abril, bem abaixo do esperado. No Brasil, o CAGED indicou a criação de 71.576 vagas em março, muito aquém das projeções.
O economista Flávio Serrano destacou que apenas comércio e agricultura fecharam vagas, refletindo uma desaceleração da atividade econômica. Ele projeta a criação de 1,3 milhão de vagas para este ano.
Com a próxima reunião do Copom, os dados recentes reforçaram a expectativa de alta de juros mais branda, com uma previsão de 0,25 ponto percentual agora com 32,3% de chance, enquanto a probabilidade de 0,5 ponto caiu para 62%.