PIB do agro cresceu 1,8% em 2024, diz centro de estudos da USP

PIB do Agronegócio Brasileiro:

Em 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 1,81%, conforme relatório do Cepea, da Esalq-USP, em parceria com a CNA.

Essa cifra contrasta com a estimativa do IBGE, que registrou um recuo de 3,2% em 2023, após um crescimento de 16,3% em 2022. O IBGE atribui essa queda a problemas climáticos, como escassez hídrica e enchentes.

No 4º trimestre, o agronegócio teve um crescimento de 4,48%, em linha com a projeção de alta de 2% da CNA. O setor representou 23,2% do PIB brasileiro, ligeiramente abaixo dos 23,5% de 2023.

Desempenho Setorial:

• Pecuária: +12,48%
• Setor Agrícola: -2,19%
• Agroindústria: +2,94% (impulsionada pela indústria de base pecuária com crescimento de 16,79%)
• Serviços do Agronegócio: +3,25%
• Insumos: -4,65%

O desempenho agrícola teve queda de 0,16%, afetado pela produção e preços de culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. Em contraste, o resultado pecuário cresceu 6,55%, graças ao aumento de produção e recuperação de preços.

Agronegócio e Suinocultura:

• Suinocultura: +12,03%
• Bovinocultura de corte: +10,53%
• Avicultura de corte: +5,16%

O setor agroindustrial de carnes e pescados avançou, beneficiado pela demanda interna e exportações recorde.

Análise do Mercado:

A desvalorização do real e o aumento nas exportações tiveram impacto positivo no setor logístico, apesar do aumento nos combustíveis e desafios climáticos.

O relatório trimestral do Cepea avalia quatro segmentos: insumos, produção primária, agroindústria e agrosserviços. O cálculo do PIB é baseado no valor adicionado total do setor a preços de mercado.

O Cepea também apresenta dois indicadores: o PIB-renda, que considera variações de volume e preços, e o PIB-volume, que mede a variação do volume produzido.