HOME FEEDBACK

PGR diz que oficiais do Exército passaram a 'agir concretamente' pelo golpe após resultado eleitoral

Subprocuradora-geral alega que grupo agiu com intenção golpista após resultado das eleições de 2022. A denúncia inclui planos de sequestro e pressão aos comandos militares para efetivar o golpe contra o regime democrático.

Cláudia Sampaio Marques, subprocuradora-geral da República, defendeu nesta terça-feira que o STF aceite denúncia contra 12 pessoas do “núcleo 3” da trama golpista. Segundo ela, os acusados, entre militares e um policial federal, tentaram orquestrar um golpe após perceberem que não poderiam reverter as eleições de 2022.

A denúncia destaca um plano que incluía o sequestro do ministro Alexandre de Moraes e pressões ao Alto Comando do Exército para aderir ao movimento golpista. Marques afirmou que o núcleo era formado por integrantes das forças especiais, responsáveis por ações táticas de pressão e execução de estratégias que visavam desestabilizar o regime democrático.

Além destes, o STF já tornou réus outros 21 suspeitos de outros núcleos envolvidos na trama. A análise de denúncias ainda está pendente para o economista Paulo Figueiredo Filho, que vive nos Estados Unidos.

Entre os réus da sessão de hoje, está o general da reserva Estevam Theophilo, que coordenava operações terrestres, e o policial federal Wladimir Soares, que ficou conhecido por áudios em que afirmava estar "preparado para prender" Moraes.

A PGR alega que Soares e vários militares lideraram ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas. O plano, denominado Copa 2022, se concentrou na vigilância sobre o ministro do STF. Outros militares também foram acusados de ações táticas para convencer o Alto Comando do Exército a finalizar o golpe.

  • Militares envolvidos: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.
  • Outros sete acusados de ações táticas: Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Ronald Ferreira de Araújo Junior.
Leia mais em exame