PGR defende punição a agente da PF que falou em matar Moraes
Cláudia Sampaio Marques solicitou a abertura de um procedimento disciplinar contra o policial federal Wladimir Matos Soares por seus comentários sobre a possibilidade de prender e matar autoridades. Os ministros do STF analisam se aceitam ou não a denúncia e o impacto dos áudios revelados durante o julgamento.
A subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques propôs, em 20 de maio de 2025, a instauração de um procedimento disciplinar contra o policial federal Wladimir Matos Soares. Isso se deve a áudios revelados em que ele sugere prender ministros do STF e executar um golpe de Estado em 2022.
De acordo com Sampaio, os áudios não influenciam a denúncia e a ação penal, pois não integraram a acusação inicial. Ela argumentou que, embora a defesa de Soares tenha pedido o adiamento do julgamento, este foi negado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
Os áudios, segundo Moraes, não são novas provas e não farão parte de sua decisão imediata. Ele mencionou que poderão ser analisados futuramente. Sampaio alegou que o núcleo de militares acusado está envolvido em ações para monitorar e neutralizar autoridades, e não apenas pressionar o alto comando do Exército a aderir ao golpe.
A 1ª Turma do STF está avaliando a proposta da procuradoria para decidir sobre a acusação contra 12 pessoas adicionais, formando um núcleo maior de réus. O núcleo de operações foi acusado de ações para desestabilizar o regime democrático.
A lista de réus inclui figuras de destaque, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, e outros ex-ministros e assessores próximos. A decisão final da 1ª Turma será feita até o dia 21 de maio de 2025.
Os acusados enfrentam sérios crimes, como organização criminosa armada e golpe de Estado, com possíveis consequências disciplinares nas Forças Armadas em caso de condenação.