PGR defende manter prisão de agente da PF acusado de se infiltrar na segurança de Lula
Procuradoria-Geral da República defende a manutenção da prisão preventiva de agente da PF envolvido em tentativa de golpe. Defesa alega problemas de saúde, mas procurador ressalta gravidade das acusações e risco à segurança.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a manutenção da prisão preventiva de Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal (PF), acusado de se infiltrar na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para repassar informações a suspeitos de um golpe de Estado.
Soares teria fornecido informações sigilosas sobre a segurança de Lula a Sérgio Rocha Cordeiro, assessor do governo de Jair Bolsonaro. Em contrapartida, buscava a promessa de integrar a segurança do Palácio do Planalto caso ocorresse um golpe após as eleições de 2022.
A defesa solicitou a liberdade provisória, alegando que Soares possui tromboembolismo pulmonar e que há recomendação médica para tratamento fora do presídio. Porém, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enfatizou que a situação jurídica que justificou a prisão continua a mesma.
Gonet destacou o significativo conteúdo probatório sobre a atuação de Soares na trama golpista. Ele afirma que o estado de saúde do agente não justifica a revogação da prisão, ressaltando a gravidade dos crimes cometidos.
Soares foi denunciado por:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Tentativa de golpe de Estado
- Dano qualificado contra patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
A PGR conclui que há evidências claras do papel proeminente de Soares nas ações criminosas que visavam a abolição do Estado Democrático de Direito e a execução de líderes eleitos.