PF suspeita que cúpula da Abin indicada por Lula agiu para obstruir investigações
PF indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o diretor-geral da Abin, por suspeitas de obstrução de investigações. O caso, que envolve espionagem durante o governo Bolsonaro, levanta críticas sobre a atual gestão da agência.
Suspeita de Obstrução nas Investigações da Abin
A Polícia Federal (PF) investiga a gestão atual da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por possível obstrução das investigações da “Abin paralela”.
Na terça-feira (17), a PF indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Corrêa, delegado da PF aposentado, prestou depoimento em abril.
- O ex-número dois da Abin, Alessandro Moretti, foi exonerado sob as mesmas suspeitas no início do ano passado.
- Indiciados da atual gestão: Luiz Carlos Nóbrega (chefe de gabinete) e José Fernando Chuy (corregedor-geral).
Críticas surgiram após a substituição do comando da Abin, considerando que a antiga corregedora estava colaborando com as investigações.
Investigações revelam que, durante o governo Jair Bolsonaro, a Abin foi usada para:
- Espionar autoridades, jornalistas e advogados
- Proteger os filhos do ex-presidente em casos judiciais
- Minar a confiança no sistema eleitoral
- Dissseminar informações falsas
Além de Corrêa, foram indiciados Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o ex-diretor Alexandre Ramagem.
A pressão interna sobre Corrêa aumenta, já que servidores defendem que a Abin seja liderada por um profissional da carreira.