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PF prende irmãos que pagavam mensalinho a fiscal da Fazenda de SP para vender combustível adulterado

Empresários são acusados de comercializar combustíveis adulterados e subornar auditor fiscal para evitar fiscalização. A Operação Barão de Itararé investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Empresários presos: Bruno D’Amico e Fernando D’Amico, do setor de postos de combustíveis, estão detidos preventivamente na Operação Barão de Itararé.

A prisão foi decretada pela 2.ª Vara de Crimes Tributários em São Paulo para garantir a ordem pública e econômica.

De acordo com a Polícia Federal, os empresários vendiam combustíveis adulterados e pagavam R$ 5 mil mensais em propinas ao auditor fiscal Ricardo Catunda do Nascimento Guedes para evitar fiscalizações, transações que ocorreram de fevereiro de 2023 a abril de 2024.

Mensagens na investigação revelam que Catunda se comunicava com os empresários no início de cada mês, propondo um “café” ou “almoço”, o que era a senha para receber a “mesada”.

Em julho de 2024, Catunda foi afastado por ordem judicial. A Corregedoria da Secretaria da Fazenda instaurou um procedimento disciplinar contra ele.

O auditor foi próximo ao ex-corregedor, Marcus Vinícius Vannucchi, acusado de um esquema criminoso de cobrança de propinas. Vannucchi ficou famoso após a descoberta de US$ 180 mil e 1,3 mil euros em sua casa em 2019.

Ricardo Catunda já havia sido investigado em 2019 junto com Vannucchi por irregularidades no arquivamento de procedimentos administrativos, mas o caso foi arquivado em 2021 por falta de provas suficientes.

Espaço para manifestação: O Estadão busca contato com as defesas. (rayssa.motta@estadao.com e fausto.macedo@estadao.com)

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