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PF prende cinco suspeitos da morte de ‘lobista dos tribunais’ no inquérito sobre venda de sentenças

Polícia Federal investiga assassinato de advogado vinculado a esquema de venda de sentenças. Nova fase da Operação Sisamnes resulta em diversas prisões e busca por entrosamentos criminosos.

Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Sisamnes nesta quarta-feira, 14, com foco na venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A operação investiga o assassinato do advogado Roberto Zampieri, conhecido como “lobista dos tribunais”, morto em dezembro de 2023. Zampieri era o pivô da investigação e mensagens em seu celular levantaram suspeitas de corrupção.

Após o homicídio, a PF descobriu uma organização criminosa especializada em espionagem e execuções. O grupo, denominado C4, tinha tabela de preços para assassinatos.

O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo é apontado como mandante do crime, enquanto Antônio Gomes da Silva confessou ser o executor. Outros indiciados incluem Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Caçadini de Vargas, que negam envolvimento.

Cinco pessoas foram presas preventivamente e quatro monitoradas por tornozeleira eletrônica. A PF realizou buscas em seis endereços nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, que também impôs medidas cautelares como proibição de contato e saída do País.

Na fase anterior, a PF prendeu o empresário Andreson Gonçalves e fez buscas em locais de auxiliares de ministros do STJ, que também estão sendo investigados. O esquema de venda de decisões judiciais envolve diversos setores, incluindo advogados e magistrados.

Em desdobramentos, a PF identificou uma rede de monitoramento clandestino de informações sigilosas, impactando investigações no STJ. Empresários, como o advogado Ussiel Tavares, supostamente ajudavam a lavar dinheiro das propinas.

Recentemente, dois suspeitos de obstruir a justiça foram presos, incluindo o empresário Diego Cavalcante Gomes.

O nome da operação, Sisamnes, remete a um juiz persa da mitologia que aceitou suborno para uma sentença injusta.

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